Olhemos para as eleições presidenciais americanas de dia 3 de Novembro de 1964: o candidato democrata Lyndon B. Johnson (LBJ) derrota o candidato republicano Barry Goldwater com 90,3% no Colégio Eleitoral, teve 61,1% contra 38,5% em votos populares, e ganhou um total de 44 dos 50 Estados. Foi a vitória mais expressiva desde James Monroe em 1820, e os resultados são ainda mais retumbantes se pensarmos como LBJ era visto. Primeiro, sabemos como é difícil substituir uma pessoa popular e LBJ era o vice-presidente que tomou o lugar do amado John F. Kennedy após o seu assassínio em Dallas em 1963; em segundo lugar, LBJ era percebido como sendo um homem demasiado ambicioso, manipulador, rude, inseguro, obcecado em deixar a sua marca na história e ser mais querido que o seu antecessor; por último, à excepção dos 8 anos de Dwight Eisenhower (1952-60), os americanos eram governados por democratas desde 1932. Contra estas probabilidades, LBJ teve uma grande vitória eleitoral e, assim sendo, só no
“Há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar.”