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A mostrar mensagens de novembro, 2020

GREAT AGAIN: NOTA INCOMPLETA SOBRE A «GRANDEZA» DOS PAÍSES

  «Make America great again»: este o lema da campanha original do agora presidente cessante dos Estados Unidos da América, o equivalente possível ao «yes, we can» do seu predecessor. À época, muitos acusaram a equipa do então candidato de tentar capitalizar a nostalgia por uma América que nunca existira de facto. A mim interessa-me mais explorar o significado de «great», vulgarmente traduzido por «grande»: mesmo que essa América passada seja uma retrotopia e, portanto, uma ficção, que caracteres são esses que supostamente possui que a tornam objecto do qualificativo «grande»? Em suma: que faz de um país um «grande» país? No que leio e ouço, parece assumir-se, não raro, que um grande país é um país poderoso do ponto de vista militar. Outras vezes a grandeza de um país surge indexada à sua pujança económica. Creio que ambas as posições estão erradas. Penso que o adjectivo «grande», quando qualifica «país», possui o mesmo valor semântico que tem, por exemplo, na frase «este é um grande li

Cristãos no Paquistão - A Igreja que sofre

O artigo que se segue foi-nos enviado por Joel Amir Sahotra. Joel Sahotra desempenhou funções como deputado na assembleia regional do Punjab, enquanto cristão representante dessa minoria. Pode ler  aqui  uma entrevista de Joel Sahotra à Rádio Renascença. Num país com cerca de 96% de muçulmanos, os 1,6% de cristãos são cerca de dois milhões de pessoas que sofrem diversos tipos de perseguição, como nos tem reportado Joel Sahotra. O acesso ao trabalho é condicionado, mesmo por entidades públicas, geralmente a trabalhos mal pagos. O acesso ao ensino também lhes é dificultado, quer por pressões para forçar a conversão religiosa, quer por limitação das opções em função da Fé professada. Raparigas menores são raptadas, forçadas a converter-se e casadas com homens mais velhos, tendo as famílias grande dificuldade encontrar acolhimento nas autoridades para que se faça justiça e proteja as crianças. Quando esteve em Portugal, Joel Sahotra lançou as bases para uma programa de cooperação com unive